domingo, 13 de outubro de 2013




                  
                     A negligenciada arte de ouvir
  "O ouvido do homem é um bom caminho para aprender", dizia Aristóteles.

    Policiar o que se diz é de bom tamanho.
    Gosto da quietude, ela me acompanha. Tenho medo de fazer besteira com as palavras erradas, ou mal colocadas. Claro que às vezes escapa.
   É mais fácil errar falando do que ouvindo.
   Ouvir é lucrativo, e falando a gente despende e pode sair perdendo muito (palavra lançada não tem volta).
   Prestar atenção quando alguém falar é uma forma de conhecer as pessoas e compreendê-las, principalmente quando nos colocamos no lugar delas.


   Outra vantagem, é que sob o olhar dos demais, também podemos nos conhecer melhor. Se alguém nos critica e aceitamos, podemos melhorar a forma de agir. 
   É uma chance de amadurecer.
   Ouvindo exercita-se a temperança, a humildade, a elevação e o jeito simples de ser .
  A maioria fala, mas não escuta .
  Pior que tem gente que não filtra a conversa, e acaba por fazer discursos desastrosos e ofensivos.É um tiro no peito da vítima.
  O que contamina o homem não é o que entra na boca, mas o que sai dela.(Mateus 15:11)


  "A língua é uma arma com munição infinita até que seja disparada no peito do próprio dono."(CR)
   Tal como o peixe morre pela boca, o homem morre pela língua.
   A pessoa fala aquilo que no coração habita. Salve os bons!!Lamento pelos ruins, e desses eu quero distância!
   Considero uma tremenda elegância as pessoas que bendizem e falam com discrição, respeito e generosidade. É música para os ouvidos.
   Mais bonito ainda, quando nos ouvem interessados, olhando nos olhos.
 " Se suas palavras não forem melhor que o silêncio, cale-se."


   A natureza sabe o que faz: temos dois ouvidos e uma boca, e quanto mais curta a língua, melhor.
   Convenhamos que língua "presa", em medicina "freio lingual curto", dubiamente pode ser a salvação em certos momentos (risos).
   Escutar e entender é coisa de gente grande, articulada e evoluída.
   Será que já crescemos o suficiente para isso ?Mesmo numa idade de suposta maturidade ?
   Cada um conhece a sua resposta...


Thelma Eliza Garcia Ferreira