quarta-feira, 26 de março de 2014




                 " HERRAR É UMANO "


      Dizer que "errar é humano " não configura uma desculpa, mas esclarece que somos passíveis de vacilar.
    O erro não deve ser punido, mas deve ser encarado como uma lição para que possamos fazer a coisa certa na próxima vez.
    A punição deve recair sobre negligências, descuidos e outras falhas que envolvem a responsabilidade que deveria se fazer presente.
   Os equívocos podem surgir na tentativa de acertar, de melhorar.
   Aprendemos com a correção do erro, pois se a lição viesse dos erros em si, teríamos que viver errando para acertar, e diante dos erros fatais ou terminais, não há uma segunda chance para consertos.
   Os desacertos são benéficos. Podem devolver a prudência e a humildade que se perdem, quando a nossa pretensão torna-se perigosa diante de algumas façanhas que eventualmente realizamos.



   Ninguém deve ocultar os seus erros, mas reconhecê-los prontamente, e repará-los. Assim, eles desaparecem rapidamente, e não ficam envolvidos no erro sobreposto da mentira.
   Assumir as falhas é uma atitude de muita coragem, num mundo onde parece haver apenas ganhadores.
   Não é preciso envergonhar-se dos equívocos, pois rever opiniões, aprender e raciocinar diante das retificações, confere inteligência e sensatez.
   Já que o erro pode vir da tentativa de acertar, ele tem o seu lugar no dia a dia. E nessas tentativas nós buscamos realizar coisas diferentes, usando estratégias diversas, ainda que sem garantia de sucesso. Com isso, na concepção de Clarice Lispector, somos "culpados inocentes".
   Como já disse Einstein :" Tolo é quem espera resultados diferentes fazendo tudo sempre do mesmo jeito." Aí mora a estagnação.
   Lembrando do efeito emocional e social de julgar os erros alheios e\ou negar os próprios erros, recordo Drummond : "Fácil
é julgar as pessoas que estão sendo expostas pelas circunstâncias.      Difícil é encontrar e refletir sobre os seus erros, ou tentar fazer diferente algo que já fez muito errado. É assim que perdemos pessoas especiais."
   Temos que ter a liberdade de experimentar, tentar, aprender, enxergando o lucro das incorreções.
   Obviamente que não devemos cometer duas vezes o mesmo engano. Seria total falta de discernimento e plena insensibilidade moral.
   Bem, como já é sabido e repetido, "atire a primeira pedra quem nunca errou"......sendo assim, ninguém atirou.(TEGF)