segunda-feira, 26 de setembro de 2016



 
                                    NÃO PEÇO DESCULPA AOS BRONCOS,           
                                          CAVALHEIRISMO É FUNDAMENTAL 


     Fui acostumada assim : homens cavalheiros em casa. Pois é, bem acostumada ou mal acostumada para tempos hodiernos?
     Confesso que é difícil conviver num mundo em que alguns tipos não só passam na sua frente, como quase lhe atropelam.
     Não é porque nós mulheres nos tornamos independentes, que não apreciamos um bom tratamento. Pelo contrário, isso é primordial.
     Outro dia no hospital, cedi a passagem na catraca para um rapaz passar, achando que aconteceria o contrário. Cedi porque ele forçou a própria preferência da vez. Mas deixem pra lá... os brutos não podem ter mais espaço na nossa lembrança do que os educados. Guardemos as boas recordações, como a de um segurança que saiu correndo na minha frente para abrir a porta para mim, com um largo sorriso. Fora outros tantos cavalheiros que merecem a nossa admiração.
     Como eu estava pensando antes de escrever, oferecer o casaco quando está frio, puxar a cadeira, abrir a porta, deixar a mulher, o idoso, a criança passar à frente, servir-se de delicadezas e gentilezas que elevem a mulher e os vulneráveis, ser educado acima de interesses pessoais, respeitar, ser atento, falar na medida certa e baixo, ter atitudes protetoras, tecem uma fina renda chamada cavalheirismo. Essa qualidade especial não se restringe na deferência à presença feminina, mas abrange as atitudes assumidas na vida, no geral, com todas as criaturas.









     Sem dúvida alguma, o homem cavalheiro encanta as mulheres e a todos, porque desde sempre nos apaixonamos pela forma como somos tratadas(os).
     Nem todos os homens conseguem manifestar-se de forma tão especial. Ser cavalheiro é para quem pode, e é uma questão de escolha e educação. Está implícito nas boas formações, e emana de uma essência nobre. Detalhe este que reforça a tese de que a aparência não sobrepuja os atrativos sutis do ser humano, haja vista quantos homens são lindos, porém toscos.
     Esse homem cortês, de quem estamos falando, tem uma alma refinada, um espírito elevado, tanto que vemos exemplos de pessoas simples, com poucos recursos para "capacitação", que agem em conformidade com uma linha principesca, ainda que não tenham tido a escolaridade e os meios necessários para uma formação mais compexa e completa. Isso me lembra um jardineiro que trabalhou para minha família, e que me chamava a atenção pela sua elegância de comportamento, a qual ofuscava o desalinho daquelas roupas sujas de terra. 
     Para alguns, o cavalheirismo tem tons de machismo e de moda antiga, mas julgo isso improcedente. 
     A natureza vestiu a mulher de feminilidade e fragilidade (sem confundir com fraqueza), para acolher a masculinidade protetiva, terna e envolvente, nos momentos certos e necessários, e porque não dizer rotineiros?!? Diante dessa compreensão, não há como negar que o homem (com hombridade) nasceu para ser gentil com a mulher e com os mais frágeis.
    Diga-se de passagem, ser um "gentleman" está sempre em alta e super "na moda".
    Atingir-se-ia um bom equilíbrio do comportamento humano, bem como da interação das massas sociais, se as pessoas tivessem a visão empreendedora de futuro, avante com a tecnologia, e ao mesmo tempo preservassem os valores tradicionais de agir com cavalheirismo...e "damismo" (sim, também se espera um aquilatamento da postura feminina)
    Pode até ser que cavalheirismo também seja uma forma de inteligência dirigida para um determinado fim, mas quem não prefere a sedução neuronal antecedendo a hormonal ? (TEGF)



 
   
   
   
   

sexta-feira, 2 de setembro de 2016



Um artigo que se desdobrou em outras percepções pessoais...

http://flaviogikovate.com.br/sobre-estar-sozinho/´

As relações modernas ampliaram tanto os seus horizontes e as suas versões abertas, que puseram em xeque a noção de comprometimento, a necessidade de cuidar, e até menos o romantismo.
O compromisso descompromissado, que se esboça, é fruto da desconstrução dos relacionamentos tradicionais, aparentemente falidos, em que até posssa existir um envolvimento emocional , mas com limites 'excessivamente' definidos, individualidade, independência e privacidade.
O que se vê são pessoas que vivem sozinhas a dois, segundo as premissas do referido escrito.
Até mesmo a intenção de duração é opcional, e absolutamente rechaçada pelo efêmero e perecível jeito de ser da relação.
Boa parte dos casais, desse modelo, prioriza o compartilhamento das coisas boas, das que não dão trabalho, desobrigando-se a tolerar os viéses da convivência.
Acredito que o equilíbrio é tudo, manter o jeito antigo do amor "grudadinho", sem ser sufocante, mas cúmplice e protetor, e ao mesmo tempo respeitar a individualidade de cada um, porque antes de ser casal, cada um é um ser humano com necessidades próprias que não podem ser ignoradas, pois seria uma farsa abstrai-se da própria originalidade, em detrimento da obrigação pela obrigação matrimonial.
O amor verdadeiro acontece sem dificuldades, sem teorias complicadas, sem esforço, e dentro da ética perfeita e irretocável que dele flui e leva ao bem estar natural.(T)