segunda-feira, 1 de janeiro de 2018





                   ANO NOVO, tirando a trave dos olhos

   A cada virada de ano, passamos por um "insight" rumo à renovação, à partir do qual procuramos tornar a vida  melhor, mais simples e mais frutífera, tanto na questão perceptiva, como na forma de agir.

   Somos espectadores, neste milênio, de grandes conquistas e avanços, mas também da velocidade incontrolável de um tempo mal aproveitado, da renúncia ética-moral, da ambição sem escrúpulos, do individualismo, da valorização de coisas mais do que pessoas, de aparências mais do que essência, enfim, de eventos que estão dissipando o lado bonito, bom e sensível do ser humano, e creio que mais do que isto, a sacralidade primordial advinda da Criação, que nos identifica com o Divino. 
   Sim, eu creio que somos seres espirituais com uma missão solene de salvar o mundo e o homem do próprio homem, à  despeito de crenças e denominações (algumas destas só nos desagregam e\ou nos pioram).
   Às vezes penso na história do cego, que não era cego, e em perdendo a visão se viu obrigado a recriar o significado da vida, a reduzir-se às carências básicas e aos sentimentos mais importantes.
    Será que são tão necessárias as perdas e o testemunho de  dramas e desventuras colossais, locais e mundiais, para percebermos o que de fato é relevante, e que algo deve ser feito?
   Diante disto, desejo sinceramente que cada vez mais nos livremos da obscuridade mental e espiritual,  da apatia diante das dificuldades e do sofrimento alheio (humano e outros gêneros), dos distúrbios decorrentes do orgulho, dos excessos e das faltas acarretados pela busca desenfreada pelo "nada" ou por aquilo que num leito de morte não teria importância, das palavras excessivas e nocivas, do preconceito, da arrogância, da liberdade que desrespeita, e de tudo aquilo que flui do olhar exclusivista capaz de entorpecer e sufocar o comedimento e a empatia.
    Desejo que nos tornemos mais afáveis como pais e mães, como filhos e amigos, como companheiros, como profissionais, como cidadãos e seres sociais, como responsáveis por aqueles que dependem de nós (humanos e bichos), e hoje mais do que nunca, que nos tornemos mais gentis com o nosso planeta (temos que salvá-lo)
    Agradeço o ano de 2017 e a todos os outros que permaneceram na minha lembrança, na minha edificação e aprendizado, pois me deram, também, a oportunidade para entender que preciso enxergar melhor as coisas que vão muito além do que os olhos conseguem ver. 
    Mais do que vislumbrar e compartilhar votos,  mãos à obra para fazer acontecer!
    Deus abençoe a todos, e que 2018 seja próspero das coisas boas e fundamentais!

(TEGF)


                           https://youtu.be/aU-dKoFZT0A