quinta-feira, 2 de maio de 2013

Quem és tu que queres julgar, com vista que só 
alcança um palmo, coisas que estão a mil milhas? 
(Dante Alighieri)


Incisiva a capacidade que temos de anteceder impressões, rotular pessoas e situações, criar conceitos antecipados sem conhecimento de causa, sem apurar fatos, sem saber o que realmente é verídico.
Simplesmente nos convencemos de algo que cismamos,ou que ouvimos falar por "alto", e pronto: está feito o julgamento, pior ainda com fofoca...
O risco de termos uma falsa idéia sobre coisas, pessoas e fatos já é grande quando temos os dados em mãos...quanto mais sem saber o que é real ou não.
Essa volúpia em “soltar o verbo “, opinando sem critérios sobre os outros, é perversivo demais.

O canal mais áspero e mordaz, para direcionar esse péssimo ato de julgar em vão e erroneamente, é a língua.
Esse pequeno músculo da boca, tal como uma faísca em folhas secas,dissemina o fogo e arruina até as plantas verdes, acabando com a alegria e a graça de quem sofreu um tiro da palavra maldosa.





Quando pensarmos em falar de alguém, é bom lembrarmos que temos nós mesmos, os filhos e outras pessoas preciosas, que podem ser alvo de calúnia.

Cada um tem seus motivos para as suas escolhas e renúncias .
O caminho que cada um decide seguir pode ser o certo para si, mas não é o único.
A cada um pertence a sua sentença e suas consequências, e essas já bastam.Imagine ainda levar o peso de um julgamento:Você quer um dedo apontando para você?!?
Além disso, o que nos torna opressores não é apenas falar mal de alguém , mas calar-se diante de um comentário injusto.
O que não queremos para nós é prudente não fazermos para os outros.





“Sede misericordiosos, como também é misericordioso vosso Pai. Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai e sereis perdoados; dai, e dar-se-vos-á; boa medida, recalcada, sacudida, transbordante, generosamente vos darão; porque com a medida com que tiverdes medido vos medirão também.” Lucas 6:36-38.




  "O poder da língua , ao manifestar avaliações e julgamentos injustos, 
 pode ser destrutivo, devastador"...


(TEFG)






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