PERDOAR É BOM
ESQUECER É MELHOR AINDA
Uma das virtudes mais difíceis, e nobres de
se exercitar é o perdão.
Palavra bonita, enaltecedora, mas só até que tenhamos
algo para perdoar.
Como é difícil...e esquecer mais ainda.
O orgulho e a vaidade nos fazem reféns, pois preferem o sofrimento à remissão.
Talvez, a inclinação ao perdão seja um dos indicadores mais importantes da força espiritual, do poder de anular sentimentos de discórdia, e portanto da qualidade de quem o faz.
O orgulho e a vaidade nos fazem reféns, pois preferem o sofrimento à remissão.
Talvez, a inclinação ao perdão seja um dos indicadores mais importantes da força espiritual, do poder de anular sentimentos de discórdia, e portanto da qualidade de quem o faz.
Por um lado, se somos praticantes de um erro, envolve uma situação de
pesar e arrependimento ao assumirmos. Se passivos de alguma injustiça, temos uma sensação de ofensa. A ponderação dessas variáveis convergindo ao perdão, implica em uma das atitudes éticas mais complexas e nobres da nossa
cultura.
A exemplo de Jó, personagem do Velho Testamento, vemos uma história de
devastação pessoal, por acontecimentos negativos, quase que intoleráveis pelos
limites da condição humana. Mas preservando a sua fé, conseguiu esquecer as
provações, e recuperou tudo em dobro por providência Divina. É como se ele
“perdoasse” DEUS, num conceito laico, aceitando todo o terrível embate, com
resignação e confiança, valorizando seus preceitos religiosos acima de tudo.
Na cultura moderna, a atitude de perdoar é mais complicada. Denota uma
transformação dos conceitos e normas
adotados, para práticas positivas, no intuito de apagar toda a injúria emocional ,
sem ficar qualquer ressentimento.
De qualquer forma, o perdão só existe pelas mãos de quem perdoa, mesmo
que o agressor não mereça esta dádiva. É um processo de mão dupla, natural nas
instâncias atuais, entre pessoas que convivem e passam por momentos que
predispõem a situações de insulto físico
ou verbal (colegas de trabalho, amigos, cônjuges, familiares, passantes e
outros).
Não deixa de ser uma conquista contemporânea, um avanço na prática dos
bons valores e virtudes, que antigamente estava atrelado à intermediação
divina, apenas. O homem é capaz de elaborar esta depuração de sentimentos
por decisão própria.
Sem sinceridade não há perdão. Da boca para fora não tem sentido. Vem de
dentro, e com intenções definitivas.
Na sequência histórica, percebe-se que, a forma com que o
perdão acontece, foi se aperfeiçoando. Nas várias culturas e religiões, do
ponto de vista evolutivo, a visão sobre isso é distinta uma da outra, por
exemplo:
- O Budismo repudia os conceitos de
pecado e culpa. A raiva e o ressentimento são ilusões que se dissipam por
meditação;
-No Islamismo reconciliar-se é
desejável, mas não necessário. Quem perdoa faz isso para receber perdão de seus
pecados por Alá;
-No Cristianismo, em específico o catolicismo, um dos belos
exemplos de responsabilização pelos erros da Igreja (ou dos homens que a
compõe), à luz da Teologia, veio do Papa João Paulo II, em seus pedidos de
desculpas por perseguições, abusos, antissemitismo na II Guerra Mundial, entre
outras tantas graves transgressões. E por outro lado, deu exemplo com sua nobre
atitude de absolvição do agressor, que atentou contra sua vida.
- Outro belo exemplo, foi o do primeiro
ministro da Alemanha, Willy Brandt, há algumas décadas, que ajoelhou-se diante
do memorial das vítimas do gueto de Varsóvia, como um dos primeiros dos muito
pedidos de perdão da Alemanha, pelo holocausto.
Libertar-se da raiva, e da sombra mnemônica dos erros que agridem o tempo todo, transforma o indivíduo positivamente, não só para as relações humanas, como também para a saúde. A mágoa é uma forte fonte de stress, que se desdobra em muitos distúrbios orgânicos.
Todo mundo deveria ter um cemitério para enterrar as falhas próprias e dos outros.
Quanto mais cedo perdoarmos, melhor. Tardiamente não tem tanto efeito, mas serve.
Errar é humano, mas é necessário arrepender-se e corrigir-se. Quando a borracha se desgasta mais do que o grafite do lápis é porque estamos exagerando mesmo!
Quanto mais cedo perdoarmos, melhor. Tardiamente não tem tanto efeito, mas serve.
Errar é humano, mas é necessário arrepender-se e corrigir-se. Quando a borracha se desgasta mais do que o grafite do lápis é porque estamos exagerando mesmo!
Andar com feridas abertas torna a vida um fardo.
Ainda há os que dizem que ignorar é melhor ainda. Tornar a ofensa irrelevante simplifica o processo...inteligência pura!
Que possamos abrir o coração, sempre e precocemente, à toda forma de compreensão e alívio das culpas.
Perdão e esquecimento... intenções positivas que salvam pessoas boas e conscientes, dos tormentos e aflições.
Perdão e esquecimento... intenções positivas que salvam pessoas boas e conscientes, dos tormentos e aflições.
Ter boa qualidade, afinal, depende de relevarmos as más, nossas e dos outros! (CX)
(TEGF) https://youtu.be/RM3sQ3Omz0w
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