domingo, 1 de março de 2015



UM POUCO MAIS DE ALGUMA COISA



Poetizei as flores, as dores, os amores
Cantei, da vida, os sabores, em pormenores
Num instante, o silêncio da rua vazia
Ouvindo rumores e conversas frias,
Os lamentos de almas arredias
Por essa parte do mundo, de falas menores
Sentimentos algozes, intenções ferozes
Sou empurrada para um universo íntimo
À margem de um todo nublado, cansado
Repetido, não muito remediado
Então me vejo num reflexo lá fora,
No qual encontrei, conheci e senti um pouco mais de alguma coisa...
Me vendo naquilo que passou por mim
Daqui e dali, por aí
Confrontando o meu íntimo mistério,
Quase inconfessável, abalável
Sensível e inevitável
Não vou atrás do que acontece
Se acontece, nada muda, ou só um pouco
Porque o mundo gira, tudo começa e termina...
O que é sublime, ah, isso não deveria acabar
E o que for diferente disso, nem deveria começar!
(TEGF)































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