Breve eterna alvorada
O tempo é célere, não sonda o ritmo dos nossos passos, e quase sempre os supera. Deve ser isto que nos mantém seguindo em frente, e percebendo a importância de não se prender ao que já foi.
O tempo delineia, intransigente em nossa figura, a sequência, a vastidão, a intensidade de nossos feitos e desfeitos, das transições e das mudanças, das tempestades e calmarias, das chegadas e partidas, de toda jornada à qual somos conduzidos.
Seria um pecado, sem fim, imaginar percorrer tal caminho, sem a devida apreciação do processo. Ah vida, um milagre que nos aproxima do Divino, reforça a dádiva do sublime em nossa carne, e o poder de sermos mais do que tecidos que se desvanecem no colo da morte.
A beleza do nascimento ao florescer da vida é uma linha apreciada por seu acaso, pelo capricho da Criação.
A arte genuína de passar pelos anos, cultivando a harmonia estética em consonância com a evolução da alma, transcende daqueles que primam por cultivar as sementes da delicadeza que tange o etéreo, e dos talentos humanamente divinos. Num dado momento, tal êxito amadurece os valores atrelados ao amor, e ao interminável fluxo existencial. ( TEGF)
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