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domingo, 12 de julho de 2015



DUOTONE

Somos noite e escuridão, sol e luz.
Sólido e líquido, poeira e vapor.
Somos amor e cólera, guerra e paz.
Acima de tudo, somos corpo e espírito.
O dualismo é um grande desafio, é perturbador.
Por mais difícil que seja balancear os opostos, isto faz parte da realidade, e o homem torna-se um problema para si mesmo.
Somos feitos de antônimos, que buscam se compatibilizar na singularidade de um único ser.
Compreender os extremos, unir os contrapontos, esclarecer o princípio e o fim...quanto segredo!!!
Indo um pouco além, como desvendar o nada de onde tudo começou, e da mesma forma assimilar o infinito? Referências extremas...
Como Goethe já sugeriu, talvez tenhamos que renunciar a própria existência para poder existir. 
Um desatino ao meu ver.
A lógica de tudo isso ultrapassa o entendimento comum. São questões que esbarram na Metafísica.
Ainda que diante de conflitos conceituais e existenciais, estar aqui como espírito em experiência material é um milagre incontestável.
Não obstante, como já sugerido, somos personagens de conteúdo paradoxal, talhados na dualidade, e criados para atuar num cenário muito complexo, e até certo ponto incompreensível.
Creio que uma só vida não decifraria tantos questionamentos, e muito menos seria suficiente para vivenciar tantas maravilhas sonhadas e desejadas pelo homem.
Pensando bem, a despeito da fé, talvez a eternidade seja realmente possível, se vivida em etapas, num contexto de evolução e aprimoramento humano, regidas por um ser inexplicável. Esse DEUS em que tantos creem, inclusive eu.
Viver, morrer, reviver, renascer, representam ambiguidades transcendentais, que conduzem o que somos e para onde vamos.
Sinceramente, como é difícil alcançar o sentido de tudo isso e equilibrar-se entre calmarias e tempestades, sensatez e loucura, entre dúvidas e certezas, o belo e o bizarro,  entre o sim e o não, o bem e o mal.
De qualquer forma, estar vivo aqui e agora, respirando, andando, com todo o sensório preservado, é a melhor parte de todas as contradições e desordens inerentes à condição humana.

Shalom ! _/\_

(TEGF)